quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Pra não dizer que não falei das coisas

 

     Cá estou eu mais uma vez. Assim sem jeito, assim ressabiada, assim desengonçada e traquina como a bonequinha Emília. Mas com opiniões próprias e quase irreverente. Muitas coisas  aprendemos e até realizamos alguns dos nossos sonhos assistindo ao Sitio do Pica -Pau Amarelo. 

    Eu sonhava viver naquela casinha, no meio da natureza com uma vovozinha carinhosa e uma Tia Anastácia que fazia deliciosos quitutes  ( que, aliás, estavam bem fora da minha realidade... kkkk ).            

      Sonhava correr por aquelas matas, aprontando todas com  aquela galerinha tão amiga e serelepe. Vigiava D. Benta, aquela vovozinha meiga, sentada na cadeira de balanço,  com seu bordado no colo. Uma contadora de histórias. Senhora lúcida, ativa, prestativa e respeitada. Eu espero ser uma senhorinha assim. 

      Uma parte da minha vida já foi. Eu fui educadora, contei muitas histórias das literaturas brasileira e portuguesa para os jovens, sendo educadora. Já reuni muitas pessoas ao redor de uma mesa para comer quitutes preparados por mim. Hoje gosto de tricotar e bordar e aproveito meu tempo entre fios e linhas.  E até que ainda preparo uns quitutes !

   E das crianças peraltas que correm pelas matas em suas aventuras, herdei um gosto quase insaciável por trilhas e contato com a natureza. Amo  caminhar na mata, no cerrado, na areia. E, se for desafio, lá estou eu, menina levada da breca kkkk... Minha mãe perguntava se eu tinha comido canela de veado, pois nunca sossegava.

   Muitos trabalhinhos prontos, mas publico em outro momento. Agora é só para desenferrujar as ideias.

   Até mais!